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O NARRADOR - Parte III

segunda-feira, julho 13, 2015 José Arrabal 0 Comments Category :


ele deixa a cidade cavalgando em dois cavalos vermelho e negro um pé em cada sela, não mais feito duas fotos que se perpassam, indo em cavalgada pelas ruas de todas as suas intimidades percorrendo avenidas, atravessando becos banhado nos banheiros se alastrando pelos quartos saltando os muros pegando estrada:

o povo da cidade deixando a praça de volta para casa, cada pessoa de si para si mesmo uma olhada com olhar assim de nada, a semente dele pela praça germinada nele indo por encontrar o perpassar do deixa acontecer de um dia proutro dia noutro dia, o que mesmo ele queria,

sendo a pergunta de todo dia do povo lá da cidade só levantando questões numerando profissões demarcando pensamentos, até os que, por falta do que fazer, sem respostas pras perguntas, logo vão pedindo monumentos por todo o acontecido no coitando dos coitados, todos querendo saber o que ele viera fazer

e na vadiagem da esquina só um velho, o mais velho dos velhos lá do lugar, enraivecido com tamanha estupidez não suportando o impasse olhando por seu relógio gritando feito um possesso para todos esclarecer diz e diz mais diz e diz:

o que ele só quis, com a vinda no cavalgar, foi mesmo contar história trocando a cor dos cavalos: e a cidade então vivendo como tal e dividida no bem e no mal perdida,

ele nunca esperando mudanças de histórias dele qualquer coisa se não nele além do que mais lhe dar o prazer de cavalgar lavando as sombras saltando pedras cortando estradas

até outra e mais outra estrada indo contando histórias de todas as lendas tristes da história carnificina, assim, em seu cavalgar, indo por se encontrar nos sabores do prazer desse gosto de narrar...

Com fraterno abraço,
J. A.

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